Faz quarenta anos que a besta soviética esmagou, nas ruas de Praga, a experiência checa de democratizar o socialismo rompendo com o modelo repressivo e burocrático estalinista.
Brejenev mostrou que a URSS não permitia veleidades na sua esfera de influência e que a liberdade dos povos necessitava de ser vista à luz da sua doutrina da "soberania limitada".
A cultura checa e a alma checa resistiram e sobreviveram à ocupação. Milan Kundera, um enorme romancista, mostrava perplexidade pela forma como o ocidente tinha interpretado o que se passara em 1968, ele que nos deu as mais notáveis descrições desses tempos de chumbo sobretudo nos seus romances, a Insustentável Leveza do Ser e o Livro do Riso e do Esquecimento.
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