Portugal jogou um futebol agradável mas perdeu em casa com a Dinamarca. Portugal não jogou bem, porque nos aspectos defensivos do jogo revelou debilidades inesperadas e dessa forma foi incapaz de segurar, duas vezes, a vantagem de que dispunha.
Porque será que Portugal perdeu se durante a maior parte do jogo apresentou um futebol tão agradável? As explicações são complexas e não adianta simplificá-las à força, como faz Bruno Prata hoje no Público, resumindo tudo à falta de altura de João Moutinho e ao disparate da sua entrada, aos 87 m, em vez do por ele tão desejado Bruno Alves.
Eu acho que Carlos Queiroz se enganou quando colocou Raul Meireles e Maniche na equipa inicial. Sou dos que pensam que Moutinho é indiscutível nesta selecção. Um dos raros. Não me parece que qualquer um dos outros lá tenha lugar como titular, embora Maniche tenha feito um bom jogo. Lembrei-me várias vezes de Moutinho quando o meio-campo tinha rebentado e estava resumido a Deco - Meireles e Maniche assistiam às cavalgadas dos dinamarqueses. O futebol não se vê ao metro mesmo que se trate de metros de altura.
Depois Simão, que não deu uma para a caixa, jogou tempo de mais. Danny estava no banco e devia ter entrado mais cedo porque é um jogador capaz de pegar no jogo e podia ser um precioso auxiliar para Deco.
No final quando estavamos a ganhar fomos incapazes de segurar a bola e de a trocar entre os jogadores.
Quase não se fala do frango de Quim que marcou a viragem do jogo. Enorme frango. Quim é um grande guarda-redes, o melhor que cá temos, e a selecção fica bem entregue depois do reinado de Ricardo, mas espanta que a mesma fúria crítica relativamente ao anterior titular não se aplique ao actual. A justiça e a isenção não abundam no jornalismo desportivo excessivamente conotado clubisticamente sem a qualidade e a isenção que já fizeram escola.
Etiquetas: Paixões.