"Crise financeira internacional atingiu país “severamente”, admite Sócrates "
A severidade da crise não toca a todos da mesma maneira nem a todos os países igualmente. Sócrates prefere ignorar essa realidade e sabe que os seus apaniguados socialistas o seguem de forma acrítica sem hesitações. O próximo congreso do PS poderia decretar que qualquer evolução menos positiva da situação política interna é naturalmente, e para todo o sempre, consequência dos graves erros cometidos pelos líderes estrangeiros que não foram capazes de limitar a crise financeira internacional e que se ela não nos atingiu mais severamente isso se deve às grandes capacidades do nosso querido líder José Sócrates.
A severidade da crise não impedirá os filiados no PS de votarem de forma albanesa em José Sócrates. Ele é o homem do leme, não importa que o leme esteja desgovernado, importa apenas que ele no seu infinito poder e fraca sabedoria ponha e disponha dos destinos do país. Isso é o quanto baste para que os filiados contemporizem com esse discurso falho de conteúdo e de rigor.
Recebem em troca a sua parte do quinhão que Sócrates tem para distribuir. Com sorte, e a reverência devida, podem mesmo passar pela crise sem grandes tropeções. Nas alturas dificeis dá muito jeito estar próximo do poder.


 

Pedra do Homem, 2007



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