"Homossexualidade "não é normal", diz cardeal D. José Saraiva Martins"
Este diz aquilo que muitos pensam mas não são capazes de dizer: que em função da orientação sexual os cidadãos devem ser divididos entre os normais e os anormais, sendo que a segunda categoria é de acesso restrito aos homossexuais.
O que passará na cabeça das pessoas que acham que devem ser elas a decidirem quais os direitos dos outros. Porque será que não entendem esta questão peregrina: a iniciativa de "permitir" o casamento dos homossexuais trata-se apenas e só de remover da lei uma norma discriminatória que viola a própria Constituição vigente e o príncipio da igualdade nela estabelecido que determina que "Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual." Trata-se apenas e só de remover uma ilegalidade.
Porque será que alguns heterossexuais acham que devem decidir sobre o que os homossexuais podem fazer da sua vida. Porque será que essas posições apesar de "não colocarem em causa o direito dos homossexuais" resvalam para uma homofobia mal disfarçada? Ao menos o cardeal é hómofobo confesso e praticante, não está com meias tintas.


 

Pedra do Homem, 2007



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