"Pressões sobre magistrados levam sindicato a pedir audiência urgente ao Presidente da República".
Já ninguém se entende nesta freguesia. O nóvel líder do SMMP ainda não tomou posse e já fez duas provas de vida que vieram provocar algum reboliço: declarou que ou paravam de fazer pressões ou ele ameaçava falar e pediu uma audiência a Cavaco Silva.
As posições dos diferentes magistrados que falam sobre o processo Freeport e do próprio procurador dão várias ideias ao cidadão comum mas nenhuma delas parece ser uma ideia de serenidade, de rigor e de exigência na aplicação da lei. Antes pelo contrário, a ideia que o mundo do MP transmite nesta fase é a de uma instituição dividida em que os posicionamentos políticos em relação aos diferentes processos se vão conhecendo, sem que apareça uma voz de comando capaz de impor a sua autoridade.
Numa coisa Santos Silva tem razão, "O presidente do SMMP tem de dizer quais as pressões a que se referem, em que é que consistem, sobre quem se exercem e sobretudo que as exerce ou tenta exercê-las".
Depois de tanta trapalhada a generalidade dos cidadãos está mais do que preparada para o que der e vier. Por isso se quiserem arquivar, arquivem, até porque pelo andar da carruagem quem acreditará hoje em dia que neste processo será feita justiça? Diz-se que este tipo de conclusões é terrível para os eventuais injustiçados, mas também sabemos que noutros processos a injustiça dá muito trabalho.


 

Pedra do Homem, 2007



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