"Sócrates compreende e respeita posição de Vital mas mantém silêncio sobre Lopes da Mota"
Tenho criticado o desempenho de Vital Moreira nesta campanha eleitoral mas não me restam dúvidas que nesta caso do Eurojust e do seu presidente o candidato do PS tomou a posição certa. Aconselhou Lopes da Mota a suspender o mandato e não a demitir-se como alguns entenderam ou reinvindicaram.
A demissão pressupõe uma condenação e até que o processo instaurado ao magistrado esteja concluído não me parece que alguém a possa invocar.
Independentemente da posição de Sócrates sobre o assunto o que seria importante era a posição de Lopes da Mota que, até para salvaguardar os ecos internacionais do assunto e os efeitos colaterais desses ecos, devia seguir o conselho de Vital. Talvez assim o inquérito em curso não atingisse a dimensão internacional que se arrisca a ter e não envolvesse, ainda que indirectamente, o primeiro-ministro.
Mas, sabemos nós pelo passado recente, os nomeados para certos lugares não optam em regra por preservar a imagem de quem os nomeou optando, muitas vezes, por permanecerem nos lugares enquanto podem. Veja-se o mal afamado caso de Dias Loureiro.
Deste episódio sobressai a independência de Vital que diz o que pensa e já, sabemos todos nós nalgumas questões, pensa melhor do que quem o escolheu.


 

Pedra do Homem, 2007



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