A Capela Sistina de Guardiola, segundo Xavi e Lionel Messi
ganhou a melhor equipa o que nem sempre acontece. Ou pelo menos ganhou aquela que eu acho que é a melhor equipa. Mas o que me dá mais gozo é a vitória de Guardiola e logo no seu ano de estreia ao mais alto nível. Gosto de treinadores assim, que podem perder mas não mudam a sua filosofia e que acham que quem joga um futebol bonito e com deliberado pendor atacante tem mais hipóteses de ganhar. Mesmo que percam e que percam mais vezes do que outros treinadores peritos a defender e a desconstruir o jogo adversário, é destes treinadores que eu gosto. Dos treinadores e das suas equipas.
Ainda bem que o romantismo no futebol encontra gente como Guardíola, para voar mais alto do que a rapaziada do pragmatismo cinzentão. Engalinho com treinadores aferrolhados das ideias e que pensam acima de tudo e sempre em defender. No meu clube querem perpetuar um desses, apesar das sucessivas e escandalosas cabazadas que a coisa tem gerado.

PS - Ferguson foi o treinador derrotado mas é um treinador com a mesma filosofia atacante. O ataque é a sua vocação e foi assim que ganhou o que ganhou e ninguém até hoje fez tanto pela promoção do bom futebol. Mas, esta noite, as forças estavam desiquilibradas. O Barcelona tem mais jogadores acima da média e Ronaldo depois dos ameaços do ínicio, eclipsou-se ao longo do tempo. E o meio-campo do Manchester não está à altura, falta-lhe classe doseada com sangue novo. Tem apenas bons jogadores e alguns já a exibirem a usura do tempo.


 

Pedra do Homem, 2007



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