A crítica à intevenção do dirigente da Fenprof, Mário Nogueira, na manifestação dos professores. Destaco o editorial do Público, assinado por Nuno Pacheco, no qual se escreve a dado passo: " (...)Procura que tem de passar também pelos sindicatos, os quais não devem usar a dimensão da mobilização para tentarem desenterrar alguns radicalismos que os próprios professores já deram sinais de reprovar. E, muito menos, usarem o descontentamento dos professores para fazer campanha política. Mário Nogueira, no entanto, voltou a fazê-lo ontem, demonstrando mais uma vez que os seus interesses estão muito para além do Estatuto da Carreira e da avaliação de desempenho.
Um comportamento reprovável e que prejudica os professores nas negociações com o Governo(..)"
Mário Nogueira fez campanha política? A manifestação dos professores inscreve-se em que área da actuação dos cidadãos? O lazer? A autopunição? O que há de mais político do que o exercício do direito à manifestação? O exercício da actividade de dirigente sindical é uma atividade de natureza religiosa? E se assim fosse não seria, lá por isso, política?
Nuno Pacheco anda baralhado das ideias talvez por isso a manifestação dos professores -apesar da excelente cobertura que o jornal fez do acontecimento até ao próprio dia - não mereça sequer uma fotografia de primeira página. Um daqueles dias em que chegamos à banca e achamos que o nosso jornal tem a capa errada e temos mesmo que comprar outro.
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