Sondagem dá quatro pontos de avanço do PS sobre o PSD
As sondagens gastam, também elas, os últimos cartuchos. Umas dão o Ps mais para cima, outras mais para baixo mas quase todas elas dão o PS acima do PSD, mais margem de erro menos margem de erro, como agora se costuma dizer.
Sócrates voltou e o "efeito Vital" atenuou-se ligeiramente. O regresso da dona Manuela, já se sabe, não produz o mesmo efeito, antes pelo contrário.
Com estes resultados - que a abstenção tratará a seu bel prazer - o PS, pela mão de Sócrates e Vital, coloca ponto final na expectativa de maioria absoluta nas próximas legislativas. O trambolhão dos cerca de 45% dos votos em 2004 para aos actuais não mais de 35%. não deixa margem para ilusões.
A aproximação entre PS e PSD é igualmente expressiva.
Fica por fazer a confirmação de que a esquerda do PS se aproxima no seu conjunto dos 20% e a rorganização, ou não, da sua hierarquia. Parece que é o BE que estás mais próximo de ter o terceiro resultado e ultrapassar a barreira dos 10%, um resultado notável para um partido com apenas 10 anos e que se coloca num plano de intransigência com os cânones da práctica política instalada.
Nesta campanha ficou de fora a Europa. A Europa que interessa discutir , a Europa social, a Europa da coesão e a avaliação das consequências para a nossa vida das opções políticas que se tomam em Bruxelas ficou à porta da campanha eleitoral. É sempre assim ou tem sido sempre assim. Há um problema de falta de preparação dos agentes políticos e há uma idêntica faltas de preparação dos jornalistas que não dominam estas questões ficando-se pelos aspectos mais políticos e mais institucionais da União Europeia.
As responsabilidades não são idênticas. O PS, com 12 deputados europeus na última legislatura e com um cabeça de lista supostamente encartado na matéria, conduziu a sua campanha pelos esconsos da guerrilha política mais imediatista, enquanto o PSD acha apenas e só que o problema está no excesso de socialismo em Portugal, não tendo provavelmente tido tempo para concluir que a crise que se vive na Europa é do socialismo e que Durão Barroso e sus muchachos são afinal perigosos socialistas ao serviço de Sócrates, Zapatero e Cia.
Domingo eu vou votar. Por uma Europa mais solidária, mais coesa, com um Orçamento reforçado e melhor distribuído, uma Europa mais amiga dos cidadãos, uma Europa mais próxima do espírito do tratado fundador.
E você? Vá lá, não fique em casa. Lembre-se que vale sempre mais sermos activos hoje do que....


 

Pedra do Homem, 2007



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