Marques Mendes volta a defender lei que impeça candidaturas de políticos a contas com a justiça
Marques Mendes tem razão em parte das suas propostas. Não em todas. Não fraz sentido impedir a candidatura d equem não foi objecto de nenhuma sentença. A constituição de arguido ou a acusação não podem impedir a presunção da inocência. A sentença permite o recurso mas, quando o que está em questão são crimes cometidos no exercício do cargo, devem ser impeditivos da recandidatura. Já escrevi sobre esta questão noutras ocasiões. Marques Mendes tem méritos nesta matéria mas resvala um para a demagogia populista. É pena.
Mas, aquilo que quero referir é que Marques Mendes e o seu partido impedem, não só eles é verdade, uma reforma séria da arquitectura do poder local que reforce os mecanismos de controlo democrático do exercício do poder executivo. Se Marques Mendes não entender o que isto significa pode perguntar a Pacheco Pereira. E, tem apoiado o caciquismo, porquer não só não foi capaz de limitar os mandatos a dois, como cozinhou com Sócrates um deferimento na entrada em vigôr da lei da limitação dos mandatos que apenas produzirá efeitos em 2013. Já para não falar do celebérrimo Pacto da Justiça que celebrou com Sócrates e cujos resultados estão à vista.
Convêm não nos esquecermos disto e ir lembrando o doutor Marques Mendes das suas responsabilidades.


 

Pedra do Homem, 2007



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