Meireles calou inferno de Zenica e abriu as portas do Mundial
Conseguimos o apuramento num campo paupérrimo com um ambiente extremado e numa altura em que, pela ordem natural das coisas, deveríamos estar a marcar hóteis e a tratar de outras logísticas.
Jogámos de uma forma exemplar pela entrega e pelo espírito de entreajuda mas a Bósnia, convenhamos, não justificou o estatuto de "grande selecção" que dela se construiu. Alguns bons jogadores -hoje menos do que habitualmente - muita entrega, um batatal de que mostraram saber tirar partido e um treinador que além de sábio é um motivador nato. Pouco para merecer a presença num Mundial.
Todos merecem o nosso aplauso incluindo o selecionador que fez o favor de agradecer aos que sempre o apoiaram pelo que se imagina que quem discordou das suas opções ou quem chegou a descrer do apuramento face às paupérrimas exibições não estará incluído. Não faz mal. Pode se que daqui até à Africa do Sul se possa unir aquilo que esta campanha desuniu.
PS - Pepe foi desta vez o melhor, sobretudo na primeira parte. Depois dele, Bruno Alves e Ricardo Carvalho. Gigantes que ganharam quase todos os lances em que participaram. Raul Meireles fez um bom jogo e o golo decisivo mas esteve longe de poder ser considerado o homem do jogo. Foi Pepe, a grande distância dos restantes com excepção dos seus colegas centrais.
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