Villas-Boas e Sporting estão de acordo, falta o sim da Académica
O Sporting parece estar decidido a contratar o treinador da Académica. Parece que em Alvalade não se quer repetir o que aconteceu com Mourinho que terá tido tudo acordado com Luís Duque e que depois foi para o Porto, com passagem por Leiria.
Vilas Boas é muito novo mas tem um passado de mais de meia dúzia de anos vivido ao mais alto nível. Começou cedo e a equipa da Académica mostrou em apenas três jornadas que ele aprendeu muito. A Académica joga um futebol intenso com os jogadores sempre em movimento com uma pressão constante sobre a equipa adversária, com os jogadores sempre perto do colega que transporta a bola, e com eficácia defensiva e desinibição atacante. A Académica, devemos reconhecer, não é sobretudo composta por Yazaldes. Ora isso pesa na avaliação do mérito de Vilas Boas que, no espaço de dias, tirou a equipa do buraco negro em que ela se encontrava e colocou o último classificado da Liga a jogar um futebol que é dos mais interessantes que por aí se vê. O problema para Vilas Boas é que o Sporting também não são só Yazaldes. Mas, todos sabemos, existem meia dúzia de bons jogadores - que importa colocar a jogar nos sítios mais adequados - e talvez em Janeiro ele possa impôor a Bettencourt algumas decisões acertadas. Pode ser, aliás, que Sá Pinto - um director ques e espera mais interventivo do que Pedro Barbosa - seja um seu bom apoiante e ambos possam impôr - insisto na palavra - escolhas acertadas e decisões necessárias ao Presidente. Os treinadores do Sporting têm sido humildes e colaborantes com a estratégia financeira da SAD. Está na altura da SAD e do Presidente do Sporting serem ambiciosos e colaborantes com a estratégia desportiva do treinador. Que terá de ser sempre lutar por ganhar exigindo as condições necessárias e suficientes de forma que com trabalho e dedicação se atinja a glória. A começar já nesta liga e na Liga Europa.
Se isto tudo não for possível então, recorrendo a Siza Vieira(*), apetece-me dizer que se as coisas não funcionarem ao menos que sejam bonitas isto é que joguem bem para que a malta se divirta, sempre.

(*) - O Siza Vieira falava de edificios que caso não "funcionassem" ao menos que fossem bonitos e julgo que a pergunta tinha a ver com o presumido conflito entre forma e função na arquitectura.


 

Pedra do Homem, 2007



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