O líder da juventude socialista (JS) está muito aborrecido com o Bloco de Esquerda (BE). Então não é que o BE avançou com o anúncio do referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez numa atitude que o rapaz classificou como um "momento de oportunismo".
Para o novel dirigente se o objectivo do BE é resolver o problema do aborto clandestino em Portugal - este rapaz continuando assim, perigosamente, a admitir que os outros têm vontade própria, mesmo os do BE, arrisca-se a ficar conhecido como "o magnânimo" - então tinha que acertar tudo com o PS. Se o engenheiro não tivesse pachorra certamente delegaria tudo na "esquerda dentro da esquerda" que é como os rapazes resolveram chamar a si próprios.
Fazendo as coisas assim à bruta o BE conseguiu essa coisa chocante, para os rapazes, de transformar o referendo num "instrumento político". Quem terá descoberto estes rapazes?
Já acabaram os cursos para dirigentes das juventudes partidárias ou nas últimas edições, a exemplo de algumas universidades, passavam com pouco menos que zero?
Com este novo Parlamento há quem diga que estão cada vez mais distantes os saudosos tempos dos jovens deputados fracturantes a caminho de Bruxelas.


 

Pedra do Homem, 2007



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