O novo ministro das Finanças afirmou que talvez fosse necessário aumentar os impostos no médio prazo. Não o devia ter feito. Os comentários passaram a dar como adquirido que este governo vai aumentar os impostos. Só não se sabe quando. Na prática foi como se Luís Campos e Cunha tivesse declarado: vou aumentar os impostos.
Talvez a pensar nestas situações a economista Teodora Cardoso defendera que o futuro ministro das finanças precisava sobretudo de ser um político.
Repor a confiança, dinamizar o crescimento da economia eram as palavras de ordem de Sócrates. Espero que o novo ministro consiga fazer crescer a receita fiscal sem aumentar os impostos. Acabando com a isenção de tributação das mais-valias – como tem sido regra nas negociatas do sector energético - e colocando os bancos a pagarem impostos como as restantes empresas. Ou impondo aquela sua ideia de esquerda de criar "um imposto sobre a terra de meio cêntimo por metro quadrado." Terá certamente um conjunto de possibilidades e de conhecimentos que o ajudarão a resolver de outra forma a situação do País.


 

Pedra do Homem, 2007



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