Há ainda quem tenha coragem de fazer uma viagem de 14.000 kilómetros por África, a pé.
Foi a melhor leitura de fim de semana, essa onde se contava a aventura dos franceses Alexandre e Sonia Poussin desde a Cidade do Cabo, na África do Sul, até ao Lago Tiberíades em Israel. Uma travessia que demorou três anos a três meses a fazer-se e que dará origem a uma livro: Africa Treck.
"Na mochila (...) só o mínimo vital. Quando temos tudo o que é necessário, não precisamos dos outros e não encontramos ninguém", explica Alexandre".
"Um momento marcante passou-se em Moçambique. "Tínhamos muita sede. Estávamos numa zona fronteiriça minada - e onde há minas não há populações. Estávamos muito desidratados. Ao fim de três dias sem beber água, à beira da morte, uma mulher salvou-nos. Era muito pobre, e chamava-se Lucy. Foi um piscar de olhos extraordinário, já que a nossa viagem tinha como 'tema' seguir os passos dos nossos antepassados hominídeos, dos quais "Lucy", a australopiteco descoberta em 1974 na Etiópia por Yves Coppens, faz parte" ".
E vendo-os numa fotografia no Campo Arrow, Monte Quilimanjaro (Quénia), a mais de 4.000 m de altitude, é caso para se dizer: Têm o mundo a seus pés.
De facto, só para alguns!
* sobre uma reportagem da revista Única do Expresso de 9/7/05
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