Se Manuel Maria Carrilho ganhar a Câmara de Lisboa ficarei muito surpreendido. Carrilho utilizou no debate desta noite com Carmona Rodrigues uma agressividade - lamentável a cena final com a recusa do cumprimento do seu adversário - que em condições normais lhe será fatal. O tranquilo e bem-educado Carmona exigia outro tipo de abordagem. Mais calma, mais afável e mais virada para propostas concretas e para o futuro. Voltar outra vez e sempre ao Túnel, ao Parque Mayer e a todas as coisas do passado, cansam qualquer um. À mesma hora no canal 2 passava um excelente documentário sobre projectos de Frank Loyd Wright e de Rem Koolhas. Irresistíveis.

Adenda: Este estilo de Carrilho esconde alguma impreparação. Que, passados alguns meses, vários debates e artigos publicados sobre a matéria, apareça a defender a redução do número de carros que entrarão em Lisboa, sem dizer uma palavra sobre o combate à perda de população é muito preocupante. Da mesma forma que não se entende a ausência de programa eleitoral. Imagino que algum "especialista" que com ele colabora deve estar a acabar a sua parte.


 

Pedra do Homem, 2007



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