A Habitação foi o tema mais debatido pelos candidatos à Câmara de Santiago do Cacém. É importante voltar a esta questão que é crucial na generalidade dos municípios mas que é quase sempre ignorada, como se pode constatar nos debates televisivos.
Foi interessante assistir à defesa da necessidade de uma política de habitação que dê respostas a todas as procuras (BE) e articular essa política com as questões fundiárias, sobretudo em Santo-André (PS e BE). Ou associá-la à revisão do PDM, com a defesa da criação de uma reserva estratégica de solos municipais (BE) e defender o apoio às cooperativas de habitação (PSD e PS). Existem duas clivagens: Um primeiro grupo defende um reforço da intervenção da autarquia mas com o fundamental da produção de fogos a ficar a cargo do mercado (PSD e PS). Do outro lado, isolado, o BE defende uma intervenção da autarquia para lá do apoio aos insolventes. A outra clivagem é entre a CDU e os restantes. A CDU nesta matéria fica numa posição de algum isolamento já que tem contra si a sua actuação(omissão), nesta matéria, ao longo de 30 anos de poder quase absoluto no concelho. Nunca no concelho existiu uma política de habitação sequer uma política de habitação social. Trata-se da constatação de um facto e o candidato admitiu,aliás, ponderar no futuro o recurso à habitação a Custos Controlados. O que pode ser um erro - todos os diferentes candidatos admitiram este tipo de promoção - como se verificou em Sines, com a autarquia a onerar o preço das casas - com obrigatoriedade de aquisição de garagens - impondo uma natural segregação económica no acesso. "Descontrolando" os custos pode-se dizer.


 

Pedra do Homem, 2007



View My Stats