Hoje cumpre-se o último dia de campanha eleitoral para as autarquias. Ainda bem que acaba já hoje. Tem sido no essencial um aborrecimento. Algumas constatações: Jerónimo de Sousa passou o tempo a atacar o Governo de Sócrates e, embalado, passou o dia de ontem a atacar o Bloco de Esquerda ; Louçã passou grande parte do tempo a atacar o Governo mas não poupou "candidatos-arguidos" e a gestão da direita nalguns concelhos, com destaque para Lisboa e Porto. Nunca o vi atacar a CDU nos concelhos em que a CDU está no poder. A relação entre estas duas atitudes distintas é natural. Louçã passará a liderar a terceira força política ao nível autárquico e prepara a futura conquista de poder nalgumas autarquias. Jerónimo de Sousa vê a sua CDU passar para quarta força política no poder local. Era impossível continuar a ignorar o BE, sobretudo com algumas sondagens em Lisboa a darem dois vereadores ao BE e nenhum para a CDU (Eurosondagens, divulgada ontem na SIC-Notícias).
No campeonato PS-PSD alguma coisa mudará. O PSD perde Gondomar e Oeiras e mantêm Lisboa (saúde-se a coragem de Marques Mendes). No Porto Rui Rio desbaratou, em quinze dias, quase 20 pontos de avanço. Assis pode ganhar. Seria uma machadada no PSD e uma recompensa pela não recuperação de Lisboa. Faro é recuperada pelo PS e no resto nada de novo. Não acredito na vitória do PS em Setúbal nem na vitória de João Soares em Sintra. Coimbra está de pedra e cal no PSD asim como Viseu. Braga continuará com a dinastia Mesquita Machado.
Nunca votei PSD, muito menos PP, mas se pudesse votar em Braga votava no candidato da coligação PSD-PP. Mesquita Machado é do pior que existe no poder local e, como se sabe, os caciques não têm ideologia pelo que votar contra não é uma questão ideológica mas tão somente um acto de cidadania.


 

Pedra do Homem, 2007



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