Ano após ano volta a lamúria da justiça. Ministro após ministro o problema da justiça não se resolve. O sistema vive em circuito fechado, numa lógica profundamente corporativa, na qual os problemas dos cidadãos são infinitamente menores quando comparados com os sensíveis problemas dos advogados, juízes e funcionários judiciais. O protagonism odosctor da justiça dá bem uma dimensão do atraso que corroi o país. A justiça é, desde há décadas, fortemente responsável pela estagnação económica e pelo subdesenvolvimento do país.
Os cidadãos só são parte porque são arguidos ou réus e não são nessa sua função substituíveis.
Já ninguém suporta os sucessivos discursos sobre as reformas da justiça. Apetece ordenar: calem-se e façam qualquer coisa que se veja para melhorar as coisas.


 

Pedra do Homem, 2007



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