O candidato presidencial apoiado pelo BE coloca o acento tónico na economia. Numa altura em que os ataques ao candidato da direita passam muito pela desvalorização do seu perfil, excessivamente marcado pelas competências económicas, Louçã adopta outra estratégia. O manifesto tanto quanto foi possível entender, quase que adquire características de programa de governo, elegendo a democracia económica como a questão central dos próximos cinco anos. Vai ao pormenor de defender alterações no financiamento da segurança social, tributando o valor Acrescentado Bruto das empresas (uma ideia muito boa). Uma intervenção como a que Louçã defende no seu manifesto faria do Presidente da República quase um chefe do Governo. Não deixa de ser curioso quando o candidato tem criticado a deriva da direita no sentido do reforço dos poderes presidenciais. Afinal está ou não implícito no seu manifesto um reforço desses poderes?


 

Pedra do Homem, 2007



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