Acentua-se a sensação de que desta vez as eleições resolver-se-ão à primeira. Nos diários de hoje os resultados são diferentes mas só aparentemente. No Público, Cavaco aparece a ganhar destacado à primeira, enquanto no DN o candidato da direita aparece distante da vitória à primeira volta mas, ainda assim, com mais votos do que Alegre e Soares juntos.
Mas mesmo neste cenário, realização de uma segunda volta, mais de 60% dos eleitores acham que Cavaco ganha independentemente do adversário.
Outro dado relevante é o facto de Soares aparecer em qualquer das sondagens atrás de Alegre e de acordo com a divulgada pelo DN essa distância estar a crescer.
Não estão a resultar os esforços consideráveis realizados por Soares nem as suas declarações de fé na vitória.
A esquerda reagiu mal à divisão, tal como defendi aqui desde o ínicio, e mostra desmotivação. O PS dividido e desmobilizado - são residuais as acções de Soares que envolvem dirigentes de topo - não se choca com a eleição de Cavaco. Toda a gente acha que pode dormir descansada com a vitória de Cavaco, com excepção de Soares e Jerónimo e certamente de Louçã.


 

Pedra do Homem, 2007



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