Paulo Portas regressou, pela mão da Associação Comercial do Porto, para manifestar apoio a Cavaco e tecer umas considerações, momentaneamente elevadas ao nível de conferência, sobre a Constituição como força de Bloqueio. Nada de grave a não ser a insistência num conjunto de lugares comuns, velhos e relhos, que culminam inevitavelmente na diabolização da "constituição socialista" - Portas teve sempre este lado cómico - como um inimigo do desenvolvimento do país. Uma frase é exemplar da profundidade - já foi ministro dos submarinos recorde-se - constitucional da doutrina política de Portas: "mesmo quando o povo português pretende votar à direita, tem uma Constituição à erquerda".
Imagina-se uma próxima cruzada do apóstolo Paulo, sob o lema, " cada Governo a sua Constituição"


 

Pedra do Homem, 2007



View My Stats