A ler hoje no Público um trabalho do jornalista Carlos Dias sobre esta questão com o título "Proprietários recuperam terrenos expropriados em Sines há 30 anos."
Em causa está a devolução de 25 mil hectares de terrenos expropriados ao abrigo do Decreto-Lei de 1970 que criou a figura da expropriaçâo sistemática, utilizada pelo Gabinete da Área de Sines para expropriar cerca de 90% do concelho de Sines e uma parte significativa do concelho de Santiago do Cacém.
Saliência para a revelação de que só a Câmara Municipal de Sines vendeu nos últimos quatro anos cerca de dois milhões de contos(!!!) de terrenos e para o comentário do Presidente da Autarquia de que os terrenos vendidos serviram como "uma forma de compensação por outros prédios que o município perdeu no processo de expropriaçâo". O edil não esclarece quais pela simples razão de que a sua afirmação é falsa. Nessa altura estaria ele algures entre Miranda do Corvo e Lisboa, nada sabendo dos problemas que aqui se passavam.
Uma outra referência à chefe de gabinete do presidente da autarquia de Santiago do Cacém que referiu terem os terrenos sido utilizados para "a instalação de equipamentos públicos e parques habitacionais",o que nao terá sido o caso de Sines já que não consta que o Intermarché, O LIDL, o PLUS e todos os outros que virão a seguir, num verdadeiro recorde mundial de localização de pequenas e médias superfícies, sejam parques habitacionais ou equipamentos públicos.


 

Pedra do Homem, 2007



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