em declarações à Lusa, referidas pelo jornal Público do passado dia 4 de Janeiro, o comunista Manuel Coelho - um ferveroso defensor da construção da nova refinaria em Sines e de todo o tipo de trampa que possa significar alguns cobres para o ajudar a manter o poder até ao final dos seus dias - teceu algumas considerações que do ponto de vista do rigor se podem assemelhar às do ministro dos negócios estrangeiros de Saddam aquando da invasão de Bagdad pelos americanos. Disse o edil: "Os tempos que se aproximam são de previsíveis grande investimentos e nós queremos que a qualidade do ambiente se mantenha e até possa melhorar." Manuel Coelho, que além do mais é médico, está-se nas tintas para a saúde dos seus concidadãos. Afirmar que a qualidade do ar é boa e que queremos que ela se mantenha é gozar com toda a população. Manuel Coelho fala como um homem de mão da indústria pesada e poluente que escolhe Sines para os seus negócios e que sacrifica a saúde dos cidadãos aos seus lucros. É a sua vocação e a sua triste sina: fazer de Sines um lugar pouco recomendável. Depois talvez ainda vá a tempo de se retirar para Miranda do Corvo para gozar os seus últimos dias. Uma vergonha que nos compete a nós impedir.


 

Pedra do Homem, 2007



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