Souto Moura está, provavelmente desde o início, agarrado como uma lapa ao lugar de Procurador-Geral. Não há outra forma, diz-me a minha antiga experiência pessoal nesta matéria, para arrancar a lapa que não seja usar a força. Preservando a integridade da lapa, mas garantindo que ela se separa do seu habitat para nosso futuro deleite e contentamento. Bom, no caso de Souto Moura o deleite será nulo convenhamos, mas o contentamento não será pequeno. A República devia tratar com exigência os incapazes, aplicar aos seus agentes políticos os princípios da meritocracia que quer aplicar aos funcionários públicos. Sabemos todos que as consequências nas hostes seriam terríveis, incomparáveis com qualquer pandemia, gripe das aves, no cenário de catástrofe máxima, incluída.
Resta-nos pois esperar que Sampaio faça uma das clássicas revisões em baixa do seu léxico político e redefina finalmente, na sua verdadeira dimensão temporal, o que quer dizer "curtíssimo". Temos tempo.


 

Pedra do Homem, 2007



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