O Governo, afinal, já não vai extinguir concelhos reduzindo os seus ímpetos reformadores às freguesias e mesmo nestas às das áreas metropolitanas.
Não é fácil realizar uma reforma administrativa que extinga concelhos promovendo a sua fusão, embora se saiba que essa medida é fundamental para promover uma maior competitividade do território nacional contribuindo para a erradicação de uma visão paroquial das questões do desenvolvimento local e regional.
O problema são, mais uma vez, os autarcas. Quantos estão dispostos a verem o "seu concelho" fundido com o do lado? E quem fica com a Presidência? E onde fica a sede do concelho? As magnas questões levantadas serão sempre à volta do umbigo dos senhores presidentes.
O recuo do Governo é uma manifestação deste poder autárquico que como se sabe condiciona fortemente a vida dos partidos.
Como dizia em tempos um conhecido economista os presidentes das câmaras, com o poder pessoal que detêm, na generalidade dos casos não são um factor de desenvolvimento local ou regional.


 

Pedra do Homem, 2007



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