Quatro ou cinco deputados do PS contestaram a intervenção de Manuel Alegre criticando Freitas do Amaral pela posição assumida enquanto MNE.
Os incógnitos deputados oscilaram entre os que acharam que o deputado violou as regras do grupo parlamentar, os que contestaram a legitimidade de Alegre para falar a título pessoal - eles próprioas nunca o fariam que a sua vocação é estarem sentados e abanarem a cabeça, ou levantarem a mão, quando solicitados - e os que pura e simplesmente defenderam a sua retirada como, para eles, deve acontecer quando as pessoas "deixam os seus próprios principios básicos". Os deputados não esclareceram onde é que Alegre deixou os tais princípios, embora se suspeite que terá sido durante a campanha presidencial num adro de uma qualquer igreja ou num jantar da candidatura.
Estou certo que estes deputados terão uma longa carreira no parlamento nacional. O grau de carneirismo político e de imbecilidade política que exibem garante-lhes a permanência nas listas socialistas até ao final dos seus dias ou pelo menos até se reformarem. Gente desta é fiável. Nenhuma ideia lhes ensombra as convicções e os afasta do cumprimento dos seus deveres básicos. Qual será o chefe que desdenhará ter no seu grupo parlamentar estas excelentíssimas nulidades? Não devem, não podem, ser retirados.


 

Pedra do Homem, 2007



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