Miguel Coelho ganhou pela quinta vez a concelhia de Lisboa do PS. No Porto ganhou um senhor de nome Orlando Gaspar, filho de um outro Orlando Gaspar que durante dezenas de anos pôs e dispôs do PS no Porto. E que, pelos vistos, continua influente agora por interposto herdeiro.
Se Miguel Coelho tiver algum filho poderá acontecer que em próximas eleições seja ele a defrontar Leonor Coutinho ou quem lhe suceder.
Em Amarante, autarquia cujo presidente é socialista, o líder da concelhia passa a ser o autarca, já que ganhou as eleições com 51 votos (!!!). Quantos militantes terão?
Das eleições socialistas alguém recorda uma única ideia que tenha sido trazida para a discussão política? Uma única proposta? Já não falo de um projecto político de intervenção ao nível local ou regional. Aliás, alguém falou, uma vez sem exemplo, de política? Será que as eleições para as concelhias de cidades como Lisboa, Porto,Setúbal e outras, deveriam provocar o mesmo tipo de efervescência intelecutal que as eleições para a concelhia de Barrancos, sem desprimor para os barranquenhos? Estará em jogo a mesma coisa? Do que terão falado? O que terão discutido?
Podemos insistir que os partidos estão em declinio e recusarmo-nos a entender que estes partidos são instrumentais dos projectos de vida destas pessoas que os habitam e que deles se servem.


 

Pedra do Homem, 2007



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