Diz o inefável Nunes Correia, Ministro do Ambiente, que a regionalização política não é uma prioridade para o Governo, mas a regionalização técnica, feita no terreno, é fundamental para pôr ordem no caos da organização terriorial do Estado. Importa-se de repetir? Regionalização Técnica? Quem a protagoniza? Os Mesquitas Mchados, Os Narcisos Mirandas e os Isaltinos deste país? Por delegação de quem? Dos Nunes Correias dos sucessivos Governos?
O socialismo democrático na versão Nunes Correia tem destas coisas, ou melhor destas originalidades. O mesmo homem que clama pela especificidade e pela delicadeza do ambiente no Litoral Alentejano promove a maior mudança de uso do solo da história da democracia e não contente com o tratamento da especificidade junta-lhe uma refinaria. Claro que é a maior refinaria não é uma refinaria qualquer.Tal como os investimentos são só para os graúdos nada de pechisbeque. O pechibeque leva com a política de conservação da natureza. O mesmo homem que clama por uma nova forma de encarar o território quer afastar os cidadãos das decisões que respeitam a esse território. Acredita na tecnocracia iluminada e não confia certamente na democracia. Mas pertence a um Governo socialista e embora seja independente não é razoável que as suas ideias - respeitáveis mesmo que absurdas - sejam impostas ao Governo e através dele ao partido que o suporta e ao país. O que terá a dizer sobre isto o PS e o primeiro-ministro?


 

Pedra do Homem, 2007



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