A manchete do DN espelha uma realidade iniludível. Os Portugueses estão, desde que Sócrates tomou posse, a ser vitimas da maior subida de impostos de que há memória. Isto apesar da promessa eleitoral de não aumentar os impostos. O problema é que nesta exigência cada vez maior nem todos são chamados a contribuir da mesma maneira. Os bancos e as grandes empresas, com poder político quanto baste, usam e abusam de estratagemas legais, muitas vezes criados por elas, para pagar o menos possível.
É esta imoralidade que Sócrates não revela qualquer vontade de combater. A sua implacabilidade dirige-se fundamentalmente para os mesmos; os trabalhadores por conta de outrem e as pequenas e médias empresas que vivem debaixo do maior clima de repressão fiscal da história da democracia. Um clima que fomenta a recessão de que o último ano dá uma medida exacta apesar dos elogios patetas pelo péssimo resultado de um défice de 6%. ( a pergunta sobre o paradeiro de Vitor Constâncio é absolutamente pertinente depois do que o senhor disse sobre o terrível défice do governo de Santana Lopes. Outra questão interessante é a de sabermos como andará a dormir Cavaco Silva, com este monstro ainda tão vigoroso e tão real a pairar sobre o País?).


 

Pedra do Homem, 2007



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