Os jornais de hoje informam que Celeste Cardona, ex-ministra das finanças e administradora da CGD, será delegada ao congresso do seu partido. Esta situação já suscitou algumas reacções motivadas pela defesa de uma desejável salvaguarda da empresas públicas da ostentação das ligações partidárias dos seus administradores. Não concordo. Acho muito bem que Celeste Cardona seja eleita delegada ao congresso do CDS já que ela deve tudo ao seu partido, incluindo o facto de ter sido ministra e de ser actualmente administradora da Caixa Geral de Depósitos. Situação que é aliás comum à generalidade dos gestores públicos quer sejam do PS, do PSD ou do CDS/PP - julgo que não haverá gestores públicos do PCP e do BE, mas se existirem aplica-se a mesma regra - a sua nomeação obedece em primeiro, e único, lugar a critérios de pura confiança política.
A meritocracia que a classe política quer(?) impor à Administração Pública não se podia aplicar aos próprios partidos e aos gestores públicos por si nomeados. Ficavam centenas de lugares eternamente vagos.

Nota: uma estranha avaria no blogue impediu a publicação deste post desde as 10h 45 m.


 

Pedra do Homem, 2007



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