... mas não velho. É o que se recolhe sempre que nos deparamos com intervenções escritas ou faladas de Jorge Miranda, um dos mais notáveis pais fundadores da nossa Constituição. A propósito da qualificação da democracia as suas propostas não merecem a aprovação do sistema partidário dominante. Compreende-se. Limitar mandatos, impor exclusividade aos deputados -não viria mal ao mundo num regime de limitação de mandatos a duas legislaturas, por exemplo - tornar efectivas as incompatibilidades e outras medidas não é coisa de que os nossos políticos queiram, sequer, ouvir falar.
Talvez por não merecerem a aprovação dos políticos é que elas merecem, certamente, a aceitação da maioria do país, sobretudo da parte que pensa.
Dito isto acrescento que nada me move contra os políticos, sobretudo contra os sérios e contra aqueles que fazem da defesa da coisa pública algo não misturável com a defesa de interesses privados. Esses podem ser raros, mas são bons.


 

Pedra do Homem, 2007



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