O Homem tem uma tendência natural para a globalização. No planeta de hoje, não só nas cidades densamente povoadas do Ocidente, mas praticamente em todos os lugares, a mistura de culturas, de crenças, de modos tão díspares de pensar é uma realidade. Somos, por isso, obrigados a repensar os percursos da Humanidade e, sobretudo, a conhecer as outras culturas e religiões; a saber quem são os outros que connosco partilham o mundo.
Sempre gostei de cidades onde coexistem diferentes expressões culturais, especialmente quando as mesmas são manifestadas no mútuo respeito pelo outro. A mistura de culturas é e vai ser cada vez mais a paisagem humana do futuro.
Por tudo isto é de extrema importância que cada um de nós aprenda as origens, os percursos históricos e as culturas diferentes da nossa. É importante que os professores e os pais tenham essa consciência e que motivem as crianças e os jovens nessa aprendizagem.
Todos os dias falamos ou ouvimos falar do povo muçulmano, dos judeus, dos árabes, mas será que sabemos quem são esses povos?
Na presença de um mundo cada vez mais fracturado pelo ódio, com antigas raízes na divergência cultural e religiosa, seremos nós ocidentais (porque talvez tenhamos essa obrigação) a dar o primeiro passo. Será um passo decisivo para que possamos partilhar uma Terra onde o respeito pelas diferenças culturais e religiosas não seja sustentada apenas pelos interesses económicos. Será um passo para que no futuro possamos, de resto, sobreviver.


 

Pedra do Homem, 2007



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