A reunião de ontem da Assembleia Municipal de Sines justifica esta adenda. Para fazer duas coisas:
-Em primeiro lugar para louvar a iniciativa do Presidente da Assembleia Municipal de Sines, Francisco do Ó Pacheco, eleito pela CDU, que introduziu o tema na agenda da reunião para obrigar a Câmara a prestar informação aos deputados e à população sobre o avanço do processo. Para o elogiar por ter decidido convocar uma reunião da Assembleia, com carácter de urgente, para discutir com a população esta questão. Muito bem.
- Em segundo lugar para denunciar a posição da Câmara e do seu Presidente, que já emitiu parcer favorável à localização da nova refinaria, como foi denunciado pelo Presidente da AM na sessão de ontem. Com a desculpa de que o PDM a isso obrigava o que, de todo em todo, não é verdade. O PDM de Sines na sua orientação estratégica, definida na década de oitenta, e até hoje não revista, recusava a aposta na continuação da instalação de indústria pesada, sobretudo associada aos sectores da refinação e ao sector petroquímico. O ónus ambiental, e de saúde, que as populações suportam desde o final da década de oitenta legitimam a tomada de posições, mesmo as mais radicais, contra esta nova intervenção "estruturante" este PIN à moda de sua excelência o ministro Pinho.
Aquilo que está em causa é demasiado importante para o futuro de Sines para poder ser decidido no silêncio dos gabinetes, com contrapartidas económicas a toldarem o espírito daqueles que foram eleitos para defenderem as populações e que se esquecem logo que ouvem o tilintar das moedas.


 

Pedra do Homem, 2007



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