Vai ter lugar, esta noite, uma reunião ordinária da Assembleia Municipal de Sines. A ordem de trabalhos tem 13 pontos entre os quais se inclui a discussão da Conta de Gerência de 2005 - ponto 3 da OT - e a contracção de um empréstimo de médio longo prazo- ponto 4 da OT. O oitavo ponto da reunião é o seguinte : " Apreciação sobre a instalação da refinaria Patrick Monteiro de Barros".
Como se percebe este assunto é apenas mais um. O oitavo, por ordem de importância para o futuro do concelho, insusceptível de justificar uma reunião exclusiva da Assembleia Municipal. Se algum cidadão se deslocar à AM terá que esperar horas e horas até que este assunto seja discutido. Quem marcou a reunião espera que desistam todos antes disso aocntecer.
A democracia no seu esplendorcomo diria Jerónimo de Sousa.
Uma questão de pormenor. A AM tem ou não poder vinculativo no que se refere à localização da nova refinaria? Isto é, se a AM recusar a localização da nova refinaria ela pode ser construída? O que quer dizer "Apreciação"?
Defendo desde que esta decisão lamentável de Sócrates-Pinho e Pactrick ( com um lugarzito pequenino para o Coelho, assim a modos do Durão na cimeira das Lajes, passe o exagero) foi conhecida, que os actuais orgãos do concelho não têm qualquer legitimidade política para decidir nesta matéria, já que ela não constava dos programas votados pela população em Outubro de 2005. Além de se tratar de um assunto demasiado sério para ser decidido por quem não exita em trocar a saúde e o bem estar das populações pelos suculentos 20 milhões de euros de Taxas Municipais de Urbanização que a Refinaria vai gerar.Defendo que seja o povo a decidir nesta matéria pela via de um referendo.


 

Pedra do Homem, 2007



View My Stats