A Ministra da Educação elegeu os professores como o alvo a abater. As suas iniciativas, que nalguns casos cheiram a provocação, devem ser lidas à luz da intencionalidade política. Não foram os professores que decidiram, no lugar da ministra, que na mesma semana em que ela declarasse que os professores não estavam nada preocupados com o sucesso escolar dos alunos deveria divulgar o novo esquema de avaliação dos professores que passaria a contar com a opinião dos pais dos alunos.
A Ministra sabia que o simples anúncio desta medida ia provocar todo o barulho que provocou e sabia igualmente que esta medida populista é susceptível de obter apoios na sociedade.
A Ministra tem uma mensagem redundante que não se cansa de repetir: Se existem problemas com o ensino em Portugal a culpa é dos professores, sobretudo dos professores do secundário.

PS - Não sou professor - tenho familiares que o são - e estou certo que existem responsabilidades, na situação actual do ensino, que são imputáveis aos professores e aos terríveis sindicatos que os (não!!!) representam. Mas a principal responsabilidade da situação do ensino é dos diferentes Governos e dos partidos que os suportam. Esta ministra é só um caso extremo de quem leva a sua responsabilidade na degradação do ensino a níveis ímpares.


 

Pedra do Homem, 2007



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