acaba de explicar demoradamente, na SIC Notícias, as razões pelas quais Portugal corre o sério risco de perder o seu sector da indústria automóvel - refira-se que, para romper com o lugar comum, não elegeu os trabalhadores como os principais responsáveis - e as razões pelas quais a desindustrialização do país continua apesar dos anúncios do Governo e da aposta em programas genéricos muito pouco relevantes. Falta de políticas sectoriais e incompetencias políticas várias por comparação com o exemplo Espanhol. Falta de um sentido político de defesa dos sectores estratégicos portugueses. A destruição das OGMAS apontado como exemplo. A incompetência política na negociação da utilização das contrapartidas dos grandes negócios -compra de submarinos, compra de aviões etc- para ganhar capacidade e massa crítica nesses sectores. Culpas dos Governos do Bloco Central naturalmente. Um diagnóstico cruel sobre as capacidades do ministro da economia e do próprio primeiro-ministro no que se refere à compreensão das necessidades da economia portuguesa no contexto da economia global. Retenho uma expressão quase no final bastante assustadora: os portugueses não têm consciência dos problemas que aí vêm.
Retenho igualmente a condenação da intervenção de Fernaqndo Ruas - que segundo Henrique Neto deveria ter sido demitido de Presidente da ANMP. O empresário recusa a dicotomia entre desenvolvimento e regulamentação ambiental. Uma posição séria de um homem sério.


 

Pedra do Homem, 2007



View My Stats