Há um pormenor que é afinal um pormaior: Freitas foi um homem vindo da direita que defendeu sempre o direito internacional. Dito de outra forma Freitas esteve ao lado daqueles que recusaram a guerra ao Iraque, à revelia da ONU apenas e só por obra e graça do livre arbítrio de Bush e do seu aliado Blair. Já sabemos que as razões da invasão -falsas - eram apenas instrumentais. Esta posição de Freitas fez dele um político mais merecedor do nosso respeito. A sua passagem pelo Governo de Sócrates deu, nesse sentido e sem qualquer ironia, um ar de esquerda ao conjunto do Governo. Tratava-se, dizia a direita analfabeta, de um perigoso esquerdista insusceptível de ser aceite em Washington.


 

Pedra do Homem, 2007



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