Pela primeira vez, desde que foi ijnventada a escrita, Luís Delgado não dedicou a sua homília, agora em formato semanal, no DN, a elogiar Sócrates - antes Santana, depois de Durão - e a descascar, salvo seja, Marques Mendes, esse ibnexistente líder da oposição.
Desta vez Luís escreveu sobre a estrela que os nossos rapazes devem trazer no peito no domingo próximo. A estrela de campeões mundiais.
Mas Luís, na bola tal como na política, é um homem de grandes previsões. Tal como quando anunciou aos portugueses, directamente da América a sentir o fervilhar do povo americano, que Bush pai ia arrasar Clinton - por uma infeliz circunstância nunca verdadeiramente explicada aconteceu exactamente o contrário - Luís anuncia agora, como um adquirido, a presença lusa na final de Berlim. Tanto mais que, diz ele, "A Itália e a França estão visivelmente em declínio, por falta de capacidade de renovação, e os altos e baixos que mostraram neste campeonato não são períodos passageiros e fugazes. As duas selecções foram capazes do melhor e do pior, e isso significa instabilidade."
Aliás consta que Parreira quando leu este comentário sobre o declínio da França e a sua instabilidade comentou para Zagalo : "puxa cara esse portuga ainda escreve mais bobagem do que você, né, com aquela ideia de deixar o Zidane à solta que o cara táva velho pa caramba. Você conhece? "
Bom espero, uma vez sem exemplo, que Luís não se engane desta vez. Cá estarei com satisfação na segunda feira para o reconhecer e louvar.


 

Pedra do Homem, 2007



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