Depois de tanto ouvir falar no programa Os Grandes Portugueses fui pesquisar no site da RTP a lista de propostas apresentadas. Esta coisa de escolher na lista o nome do melhor dos portugueses não me soa bem. Não sei se é da escolha, se é da lista ou se é da frase: o melhor de todos os tempos. É que isto dá trabalho! Têm que se ler as biografias, saber quem é quem, engolir em seco e não comentar o facto de lá estarem uns e não outros, etc.
E o resultado destes programas, enfim, fica-se pelo programa ele próprio. Bem, mas ao menos alguns portugueses vão saber pela primeira vez (não por culpa deles) quem foi o Infante D. Henrique, D. João II e Aristides de Sousa Mendes.

Entretanto, como o programa também já passou noutros países, tendo, nalguns, já terminado a votação, por curiosidade, fui ver quem eram os outros grandes finalistas. Nos Estados Unidos, da lista do top ten, oito são políticos (encabeçada por Ronald Regan), os outros dois são Elvis Presley e Oprah Winfrey. Na Inglaterra, Alemanha e França todos os número um são, claro, também políticos, W.Churchill, K. Adenauer e De Gaulle, respectivamente. Mas fiquei muito surpreendida por de entre os que os alemães mais votaram figurarem os jovens irmãos Sophie e Hans Scholl, julgados e fuzilados pelos nazis, fundadores do subtil mas audaz Movimento Rosa Branca ao qual, em tempos, fiz aqui referência.


 

Pedra do Homem, 2007



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