Este cenário, visível a partir de qualquer local da zona ribeirinha de Sines, parece parte de um filme que pretendesse apagar a imagem do Terminal Muti-Usos de Sines, envolvendo-o numa nuvem de pó.
Este pó é pó de Klinker. Poluente e perigoso se inalado pelas pessoas.
Não se entende como é que é possível continuar a descarregar esta trampa com as condições de vento do dia de hoje. Estas condições agravam a situação já que arrastam as poeiras na direcção da cidade de Sines. Porque razão a APS não suspende este processo depois de já o ter feito noutros dias em que a operação se revelou, tal como hoje, perigosa para a saúde pública?
Embora nos digam que operar este produto neste Terminal mesmo em boas condições de tempo é sempre perigoso para os habitantes de Sines.
Não se percebe porque razão a Câmara não toma posição?

Será que foi feito um estudo de impacte ambiental deste tipo de operação, para este Terminal, envolvendo este tipo de produtos?

O Terminal dispõe da tecnologia necessária para permitir a operação em situações de ventos fortes, como no dia de hoje?

Porque razão situações como esta não são objecto de prévio esclarecimento à população?

Quem responde a estas questões que qualquer cidadão tem legitimidade para colocar?

Estas imagens fazem parte dos projectos que este Governo, e o seu inefável Ministro da Economia, têm para o concelho de Sines. Uma recuperação e ampliação da velha ideia salazarista. Só que o vellho ditador, que não era de modas, mudava as pessoas para Santo-André e aqui ficavam as casas de putas e as indústriais. Não precisava de mais. Por essa razão acabou com a autarquia e expropriou a totalidade do Concelho. Só algumas famílias mais abonadas. gente com ligações ao regime, recebeu indemnizações condignas. Agora com a modernidade estão a criar um "cluster" que a prazo eliminará as pessoas, o único empecilho ao projecto, já que o desempenho ambiental é o que se vê. Talvez por isso na Zona Histórica de Sines o único ramo de negócios que prospera seja o das Casas de Alterne, passe o eufemismo.
Uma pouca vergonha!!!!

















 

Pedra do Homem, 2007



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