Da obra citada no post anterior, "Globalização. A Grande desiluzão" de Joseph Stiglitz, cito o seguinte troço: "(...) Uma das componentes do contrato social é a "justiça": os pobres devem participar nos ganhos quando a sociedade prospera; e os ricos devem participar nos sofrimentos em períodos de crise. As políticas do Consenso de Washington prestaram pouca atenção às questões da distribuição ou da "justiça". Se os pressionassem, muitos dos seus proponentes argumentariam que a melhor maneira de ajudar os pobres é fazer crescer a economia. Eles acreditam na economia " de conta -gotas". A seu tempo, os benefícios desse crescimento chegarão aos pobres, afirmam eles. A economia "de conta-gotas"nunca foi muito mais do que uma convicção, uma questão de fé. Na Inglaterra do século XIX, a pobreza parecia aumentar, enquanto o país no seu conjunto prosperava. O crescimento da América dos anos 80 proporciona o exemplo mais recente mais dramático: enquanto a economia crescia, o rendimento real dos mais desfavorecidos diminuía.(...)"
Esta ideia dos cada vez mais ricos, muito bonzinhos. que lá vão redistribuir qualquer coisinha, lembra-lhe algo que se tenha passado ultimamente neste país tão desigual?


 

Pedra do Homem, 2007



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