Mercado Municipal de Sines: reunião da Assembleia Muniicipal
Posted by JCG at 11/17/2006 01:35:00 da manhãacabou à dez minutos a reunião extraordinária da Assembleia Municipal de Sines com a Ordem de Trabalhos aqui referida.
Uma primeira opinião a quente: A Assembleia fica positivamente marcada pelas duas intervenções do seu Presidente quer relativamente à posição pública assumida pelos orgãos sociais do Centro Cultural Emmérico Nunes quer no que respeita à situação do Mercado.
Quanto à primeira questão Francisco Pacheco salientou que a cidade - e em consequência todos os orgãos autárquicos - não se podem permitir alienar o património representado pelo associativismo cultural corporizado na cooperativa CCEN. Anular, encerrar essa parte da nossa história colectiva que tem um passado de mérito reconhecido nacional e localmente - e que pode e deve ter um futuro igualmente relevante - não parece sensato. Não poderá ser a questão financeira a determinar uma decisão dessas.
Quanto ao Mercado, depois de uma longa discussão, Francisco Pacheco foi, em boa hora, direito ao ponto: em primeiro lugar importa saber quem deve participar na discussão? A quem interessa esta discussão sobre a demolição do Mercado Municipal e a sua substituição por um média superfície? A toda a Cidade, certamente. Aos deputados municipais, aos vereadores, aos comerciantes com certeza. Mas sobretudo à cidade. Aos cidadãos.
Francisco Pacheco salientou igualmente aquilo que é óbvio: as decisões que a Câmara tem vindo a tomar não se fundamentam em estudos, em análise de alternativas, numa ponderação de várias variáveis que importa ponderar. Com que fundamento esgrime o Presidente da Autarquia o argumento de que reparar o Mercado custa um milhão de euros? Onde está o projecto de recuperação e o orçamento que sustenta esta afirmação? Não existem!!!
PS- A Assembleia estava cheia de munícipes. Uma participação inusitada mas que eu compreendo perfeitamente. O Presidente, até porque vive em Sines apenas desde o ínicio da década de oitenta, não domina, ao contrário do que pensa, as questões afectivas que ligam a população à sua terra. O Mercado não é um assunto encerrado!!!!