Esta realidade é conhecida de todos aqueles que vivem neste País e assistem à cada vez mais desigual distribuição da riqueza. Infelizmente a governação de esquerda e a governação de direita pouco, ou nada, se distinguiram no combate a esta realidade. Com os governos do PS e com os Governos do PSD a evolução tem sido no mesmo sentido. A menos que consideremos que a direita é pior porque por exemplo acabou com os impostos sobre sucessões e doacções.
Uma esquerda moderna, hoje na Europa, não pode esquecer a questão da desigualdade na distribuição do rendimento e da coesão social. Argumentar que isso não é possível no contexto das novas realidades significa uma capitulação trágica face aos valores do liberalismo dominantes e sobretudo face aos príncipios fundadores da social-democracia e do socialismo democrático. Uma esquerda que não seja caricatural pode e deve intervir com políticas activas e não com prácticas meramente assistencialistas que não só não vão ao fundo da questão como a pretendem perpetuar.
Os países do Norte da Europa, aqueles nos quais as regras impiedosas do liberalismo dominante não ditam a lei e a ordem, apresentam índices de equidade social muito mais elevados. Países que em tempos inspiraram o socialismo democrático à la PS. Velhos tempos!
Porque será que neste fim de semana esta questão não está em discussão no Congresso do PS?


 

Pedra do Homem, 2007



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