Afinal Sá Fernandes participou e o programa passou a ser "todos contra Carmona". Fátima Campos Ferreira, reagindo a uma indirecta de Carmona que comparou a dificuldade de governar a Câmara à dificuldade de organizar o programa rematou certeira: "ó sr. doutor mas organizou-se e foi uma vitória da democracia." Pois foi.
Mas a primeira parte foi até este momento um fracasso. Uma fraquita discussão sobre as causas do fim da coligação e Carrilho a comandar as críticas ao Orçamento Municipal. Críticas pontuais. Pouco significativas. As intervenções do público foi o que de melhor se escutou. Uma intevenção um pouco aparvalhada de Teresa Ricou a intervenção de peso de João Mranda, apontar para um outro programa sobre a arquitecura do poder local. As ideias que defendeu, são defendidas pelo seu pai desde há vários anos, e no essencial são as mesmas que defendo já desde os idos de noventa. É que os problemas do poder local são em grande parte resultantes do carácter aberrante da sua arquitectura. Que se traduzem na completa degradação do papel das Assembleias Municipais e no reforço do papel e do poder dos Presidentes das Câmaras. Mas isso é outra conversa e merecia por si só outro Programa. Fátima Campos Ferreira pareceu ter ficado surpreendida com as propostas de João Miranda assim a modos de quem descobriu a pólvora.


 

Pedra do Homem, 2007



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