A segunda parte fica marcada pela discussão suscitada pela intervenção de João Miranda. Tradicional a aversão dos comunistas. Tradicional igualmente a hipocrisia da argumentação sobre as vantagens de todos participarem nos executivos. Quando estão no poder tratam os restantes eleitos sem qualquer respeito pela vontade dos eleitores. Diabolizam as oposições e nunca reconhecem a sua importância política.
Mas a segunda parte foi fracota. A intervenção de Sá Fernandes fica claramente prejudicada pelo facto de a discussão se ter centrado em aspectos gerais. O vereador do Bloco bem tenta chamar a atenção para aspectos particulares da actuação da "sua equipa" - uma nova entidade auttárquica ? - mas a tarefa revela-se fruste. A sua intervenção é descolorida e releva de uma hipervalorização do pormenor. Os vereadores do BE e da CDU optaram por tentar chamar a atenção para a importância das suas propostas e das suas actuações. É uma atitude que visa tirar partido do debate para publicitar a sua intervenção na Cidade em defesa dos seus . Esta estratégia empobreceu o debate. Fica a sensação de que ela esconde uma falta de ideias claras sobre um modelo alternativo de cidade e de gestão dessa cidade.
Carrilho passou o tempo agarrado a coisas pontuais mas teve um momento de boa qualidade quando falou da submissão ao imobilário e a um paradigma que se traduz na brutal perda de população. O mal é que isso já vem do tempo das maiorias de esquerda. Ora Carrilho quer à viva força fazer passar a mensagem de que os problemas da cidade começaram exactamente com Carmona. Isso descridibiliza a sua intervenção tanto quanto "a fama que o precede" de verador absentista. O gentlemam Carmona utilizou pouco esse argumento. Como seria numa situação inversa?
Carmona contou com a preciosa ajuda de Fontão de Carvalho que gere as finanças municipais desde os tempos de João Soares. Um conhecedor.
Conclusão de segunda parte: ainda quase nada se discutiu sobre Lisboa. Parece que a vereação não é grande coisa. Pelos menos os cabeças de lista não mostram terem na cabeça uma ideia clara e estimlante da cidade.
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