Cara Maria José Botelho, li o que escreveu no seu blog sobre o referendo do Domingo passado.
Permita-me discordar do que escreve principalmente sobre o adjectivo que usou para definir a nossa triste praia lusitana.
Apetece-me usar aquela frase célebre-olhe que não, olhe que não!
Justifico a minha discordância não pelo resultado final do referendo que entendo já ser mais do que tempo para Portugal retirar dos pergaminhos mais uma lei iníqua. Discordo plenamente que Portugal e os Portugueses estejam mais amadurecidos e Ponderados quando temos uma participação num acto democrático com este tipo de abstenção.
Isto prova que o conceito de cidadania se está perdendo cada vez mais, logo o amadurecimento está a transformar-se num apodrecimento da democracia.
É óbvio que há razões para que tal aconteça mas, não admito algumas desculpas para a não participação derivadas ao mau tempo, ao futebol, à praia, ás férias ou a outra coisa qualquer.
O que fazer então? Boa pergunta poderemos colocar...
Se entendermos a democracracia como um sistema participado pelos cidadãos então temos Portugal 50% democrático o que me parece um absurdo. Nestas coisas ou se é ou se não é. É como estar grávida-não se está grávida a 50%.
Pelo caminho que isto leva seria importante, digo eu, colocar algumas questões:
1-Porque não o voto ou melhor, a participação nos actos eleitorais como obrigatórios, salvaguardando obviamente os casos justificados?
Eu sei que me vai já dizer que isso não faz parte da democracia, no entanto valeria a pena ponderar se por falta de votos que vinculem determinada eleição não estaremos a contribuir cada um de nós para acabar com a dita?
2-Qual a causa deste divórcio dos Portugueses com a política? Não será esse divórcio fomentado pelos políticos ou pelo menos alguns que bem conhecemos pela falta de postura até como homens?

Valeria a pena discutir isto em vários foruns.

recebido por e-mail de Egídio Fernandes


 

Pedra do Homem, 2007



View My Stats