É verdade que estamos muito longe de onde queremos chegar. Que as pessoas estão de costas viradas, não só para a política, mas também para a democracia, para a cidadania, mas sobretudo para a vida. São muitos os factores dessa realidade: não só a falta de qualidade da política e da educação, mas também a indiferença globalizada, o desacreditar no mundo actual, e, claro, factores de raízes históricas, entre muitos outros.
Porém, mesmo sabendo que estamos longe, há que ter uma atitude positiva nos poucos passos que se vão dando nesta jovem democracia de "adultos infantilizados" e tentarmos, cada um de nós, inverter a marcha da indiferença. Neste referendo, apesar da abstenção de mais de 50%, a comparar com referendos anteriores, verificou-se um aumento significativo do número de votantes. Fica aquém das expectativas, mas mesmo assim, houve um pequeno sinal que encaro como um sinal de amadurecimento.
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