A crise na Câmara de Lisboa, que inevitavelmente levará à realização de eleições antecipadas, determina neste momento algumas movimentações entre os presumíveis futuros candidatos. No lado do PS, depois de encerrado o affaire Carrilho - vai para a Unesco ao que parece - Mega Ferreira, desde sempre apontado como o candidato mais credível à autarquia da capital proferiu este fim de semana as declarações mais relevantes. Afirmou o presidente do CCB, citado pelo Público do passado domingo, que "não serei candidato em nenhumas condições. Não sinto nenhuma vocação para isso e tenho direito a não o querer." Na notícia Mega Ferreira dá conta de um almoço com o presidente da concelhia socialista que terá servido para o informar da sua decisão. Como seria de esperar Miguel Celho tentou demovê-lo. Miguel Coelho sempre preferiu Mega Frreira a Carrilho e neste caso o tempo deu-lhe razão sobre o desacerto da escolha do ex-ministro da cultura.
Do lado do PSD ficámos a saber que Santana Lopes não aceita recandidatar-se apesar de uma recente sondagem o indicar como o candidato preferido à direita. Mas Santana aproveitou a ocasião em que fez esta revelação para desancar Carmona Rodrigues e Marques Mendes. Cito: "(...)Ainda nem há dois anos, o doutor Marques Mendes ganhou o congresso de Pombal e veio ter comigo para me dizer que tinha um candidato extraordinário para a Câmara de Lisboa chamado Carmona Rodrigues, que ele achava que era o paradigma do novo político.(...)[O executivo municipal liderado por Carmona Rodrigues] fazia todo este trabalho durante um ano e depois ia eu candidatar-me às eleições para levar com o peso todo".


 

Pedra do Homem, 2007



View My Stats