José Manuel Fernandes escreve hoje no Público sobre o affaire Lewinsky, perdão sobre o affaire Sócrates, esta coisa extraordinária a propósito da intervenção do ministro Mariano Gago: "Foi um erro misturar uma questão de Estado - o encerramento de uma universidade - com uma questão política por definição passageira - a licenciatura de José Sócrates."
Escrevi aqui algumas palavras críticas relativamente ao Ministro Mariano Gago que se devem, sobretudo, à forma como tem contemporizado com situações que se têm passado no ensino superior privado, embora existam igualmente - em menor grau - no público. Mas isso é uma coisa e outra é defender que o ministro não devia ter tomado a decisão que tomou relativamente à Indepenente. A situação que o Público e José Manuel Fernandes despoletaram relativamente a Sócrates -com um conjunto de dúvidas e de suspeições mas nenhuma, até agora, acusação concreta - não podiam, em nenhuma circunstância, condicionar o Ministro face ao que tem sido a evolução da instituição. Por isso a declaração de José Manuel Fernandes é um misto de cinismo e de manipulação dos factos já que imputa ao ministro a responsabilidade por uma mistura de que é o progenitor.


 

Pedra do Homem, 2007



View My Stats